Rádio Fusion

Previsão do Tempo

sábado, 19 de dezembro de 2009

'Acordo de Copenhague' não tem nem duas páginas e meia

Era para os países assinarem cortes de gases-estufa segundo as recomendações científicas do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, explicadas em detalhes ao mundo em 2007 . Mas o fruto de dois anos de preparativos e duas semanas de conferência foi um texto com duas páginas e meia (nem isso). Não tem as metas. Vem com algumas cifras, mas sem explicar como o dinheiro será captado e administrado.
O texto disponível no link acima é uma declaração de intenções. Não tem efeito vinculante, mas mesmo que tivesse, não vincularia ninguém a nada muito decisivo. Os países admitem que de fato é bom evitar uma alta da temperatura em 2°C neste século, concordando com os cientistas (parágrafo 1). Daqui a cinco anos volta-se ao debate para ver se não é ainda melhor deixar escrito que é sensato tentar impedir uma alta de 1,5°C (12º e último parágrafo). É um afago para Tuvalu e outras ilhas, que podem desaparecer sob as águas com uma alta da temperatura superior a um grau centígrado e meio. O “detalhe” da redução das emissões a médio prazo (2020) fica para mês que vem, mais precisamente até o dia 31 de janeiro. Os países deverão providenciar "informações nacionais" (o “nacionais” é para ressaltar a soberania das partes e aplacar a ira chinesa) contando para a ONU como estão combatendo o aquecimento global - ou não. Isso está no parágrafo 4) Objetivos de longo prazo (2050) não foram mencionados.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Era só o que faltava !!

O jornal nacional mostrou hoje uma matéria sobre o Aquecimento Global, comentando sobre o “exagero” dos ambientalistas, será que é exagero mesmo? As calotas polares estão intactas? , dados estatísticos que comprovam que há um aquecimento anormal provocado por ações humanas, mas como sempre o homem gosta de um bode expiatório e continuar poluindo o meio ambiente o aquecimento global é fato concreto e já está ocorrendo e interferindo em nossas vidas e no futuro bem próximo nos nossos bolsos. Alô cientistas os recursos naturais não estão a venda melhor mudarmos nossos hábitos enquanto ainda podemos, o futuro do planeta está na nossas mãos ou será que estamos nas mãos dele !

Temperatura sobe no Semi-Árido

Uma pesquisa realizada pelo Inpe e Lamepe revela que o ar ficou mais quente um grau centígrado, em média, em Arcoverde e Garanhuns, em 30 anos. O aquecimento global se comprovou em dois municípios do Semi-Árido pernambucano. A temperatura média do ar aumentou, em quase 30 anos, um grau em Garanhuns e em Arcoverde, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe). Uma pesquisa realizada pelo Inpe e Lamepe revela que o ar ficou mais quente um grau centígrado, em média, em Arcoverde e Garanhuns, em 30 anos O aquecimento global se comprovou em dois municípios do Semi-Árido pernambucano. A temperatura média do ar aumentou, em quase 30 anos, um grau em Garanhuns e em Arcoverde, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe). Em 1964 a média da temperatura em Garanhuns, a 228 quilômetros do Recife, era de 25 graus. Em 1993, esse valor subiu para 26 graus. Em Arcoverde, a 254 quilômetros do Recife, o crescimento foi de 28,5 para 29,5 graus, no mesmo período. O aumento de um grau pode parecer pouco mas é suficiente, segundo os agrônomos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para alterar processos fotossintéticos, interferindo na produtividade das plantas. O levantamento, baseado em registros da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), será apresentado hoje na 4ª Reunião de Análise e Previsão Climática para os Setores Norte e Leste do Nordeste em 2008. O evento ocorre no Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), na Cidade Universitária, Zona Oeste, e tem como objetivo fazer a previsão climática da região nos próximos três meses. Além de registrar o aquecimento do ar da cidade, os pesquisadores verificaram que a variação entre a menor e a maior temperatura também está alterada. Chamado de amplitude térmica pelos técnicos, o valor apresenta extremos mais acentuados. Outra constatação do estudo é o prolongamento dos períodos de dias sem chuvas. O índice pluviométrico, no entanto, não é maior. “Ou seja, as chuvas estão mais concentradas”, diz o meteorologista Paulo Nobre, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec-Inpe), com sede em Cachoeira Paulista (SP). Chuvas intensas em curtos períodos de tempo, lembra o pesquisador, são uma das características das mudanças climáticas. O aquecimento global é resultado da intensificação do efeito estufa por causa do aumento das emissões de gases, principalmente o carbônico. O CO2 é liberado na atmosfera pela queima de combustíveis derivados de petróleo em fábricas e carros. Paulo Nobre destaca ainda a diminuição da capacidade dos oceanos de dissolver o gás carbônico. Ele acredita que o fenômeno tenha relação com o aumento da temperatura do mar, outra conseqüência do aquecimento global, que considera irreversível. & ldquo;Quanto mais fria a água do mar mais absorve CO2.&idquo; NO BRASIL No País, a temperatura média aumentou 0,75 grau no século 20, considerando a média anual de 24,9 graus aferida entre 1961 e 1990, segundo estudo divulgado, em 2007, pelo Cptec-Inpe. O ano mais quente no País foi 1998, quando os termômetros registraram um crescimento de até 0,95 grau em relação à temperatura média anual. Fonte: Jornal do Commercio Publicado em 19.03.2008

Temperatura média em regiões de Pernambuco aumenta, conclui estudo

Em Pernambuco, estão começando a ser desenvolvidos os primeiros estudos a respeito dos impactos das mudanças climáticas no Estado. Apesar de ainda estar no início, uma pesquisa do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe) já chegou a algumas conclusões importantes: a temperatura média no Sertão do Araripe aumentou em três graus Celsius nos últimos 60 anos e, no mesmo período, a temperatura no município de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, aumentou em 2 graus. Esses e outros dados estão sendo apresentados no I Workshop de mudanças climáticas e recursos hídricos do Estado de Pernambuco, organizado pelo Departamento de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento teve início nesta segunda-feira (21). A coordenadora do Lamepe, Francis Lacerda, explicou que o trabalho ainda vai estudar os dados climáticos referentes a 12 pontos do Estado - o Araripe e Vitória de Santo Antão são apenas dois deles. Além da alteração na temperatura média, o estudo chegou a outros resultados. "Nós percebemos que, na Bacia do Pajeú, houve aumento das chuvas em alguns municípios e diminuição em outros", diz Francis. A redução verificada chega a até 9,9 mm, como no caso da cidade de Carnaíba. "Essas alterações podem vir a ter impactos econômicos, afetando a produção de grãos", afirma. De acordo com a coordenadora, o estudo será concluído no final de 2010. Além das mudanças climáticas, o trabalho pretende avaliar a vulnerabilidade do bioma caatinga aos efeitos do aquecimento global. "Muitos estudos já apontam o bioma caatinga como o mais vulnerável do mundo, ou seja, o que primeiro desapareceria com o aumento do aquecimento global. Isso teria impactos incalculáveis, que vão da perda da biodiversidade até um futuro de desertificação em grande parte da região", explica. O Workshop segue até esta quarta-feira (23), no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE. CAMPANHA - Além das discussões na UFPE, o tema das mudanças climáticas foi destaque também no Espaço Ciência. Na manhã desta segunda-feira, visitantes e funcionários realizaram um abraço coletivo sobre um mapa de Pernambuco gigante afixado no chão. O ato, chamado de "É hora de acordar nossos governantes", fez parte de uma campanha mundial, a Tic-Tac, que escolheu o dia 21 de setembro para promover ações em todo o mundo em alerta ao aquecimento global. A campanha, organizada pela ONG inglesa Avaaz, está realizando um abaixo-assinado para levar aos governantes mundiais em Copenhagen, durante as discussões da coferência da ONU sobre o clima, em dezembro. Para participar do abaixo-assinado, basta entrar no site da campanha ou ir até a recepção do Espaço Ciência, que está apoiando a causa no Estado.